assim é q se faz um herbário
a capa verde com aplicações de folhas e uma joaninha
o brasão do druida e a sua história em versos
as plantas são recolhidas e depois identificadas com o nome popular e o nome latino
o brasão do druida e a sua história em versos
as plantas são recolhidas e depois identificadas com o nome popular e o nome latino
árvores de um viveiro prontas a serem plantadas numa floresta
Para a protecção da Natureza são exactamente essas influências que mais lhe interessam, dado grande benefício que representam para a vida dos povos, e por isso é a ela que me vou referir em especial. E também não é indiferente à Protecção da Natureza todo o encanto que a floresta encerra, tanto pela maneira como está organizada a vida das plantas e animais que constituem, como pelo embelezamento da paisagem onde ela exista.
O valor dessas influências pode variar com o tipo de floresta e local onde esta se encontre; é em geral maior nas florestas virgens e em menor nas florestas espontâneas e artificiais, em exploração, embora neste último caso dependa da orientação técnica seguida.
Para fazermos uma pequena ideia da maneira como a floresta exerce essas influências benéficas no solo, no clima e na vida animal, vamos ver algumas mini florestas raras no nosso país, com alguma alteração do Homem, porém ainda podemos observar o estado selvagem.
A primeira coisa que se nota é a arrumação das plantas que a constituem em camadas distintas; por cima, árvores mais altas, depois outras de altura e idades diferentes, a confundirem-se, a certa altura, com os arbustos e, mais abaixo, com as próprias ervas, Junto ao chão, além destas últimas, os musgos e os cogumelos, misturados com uma espessa camada de folhas e detritos secos, mais ou menos apodrecidos, que o cobrem.
E além destas plantas, vivendo livremente com raízes na terra, ainda encontramos muitas outras, principalmente musgos e líquenes, agarrados aos troncos das árvores e dos arbustos.
A influência da floresta no solo, no clima e na vida animal, é uma consequência da presença de todos os vegetais vivendo em comum, arrumados no conjunto segundo regras estabelecidas pela Natureza, de modo a dar a cada planta as melhores condições de vida, de acordo com as suas exigências, e ainda da presença dessa camada de folhas secas, detritos e restos de troncos apodrecidos, que se acumulam sobre o terreno, a que se dá o nome de manta morta.
Compreende-se perfeitamente assim que essa influência possa variar da floresta espontânea para a floresta artificial, mais pobre como se apresenta em geral esta última, quer quanto à variedade e número de plantas que formam, quer quanto à arrumação destas, quer ainda quanto à riqueza da manta morta.
vasos com arvores jovens
A presença desta última é fundamental para garantir a existência da floresta, porque é à sua custa que se reconstitui a fertilidade do solo, onde ela se desenvolve; as folhas secas, os detritos e os troncos mortos, são a pouco e pouco desfeitos pela acção de numerosos bolores e pequenos animais, que vão provocando o seu apodrecimento e transformação numa espécie de adubo natural, húmus, que acaba por se misturar na terra, restituindo-lhe assim o alimento que as plantas lhe sugam pelas raízes.
É esta a razão por que a floresta espontânea se mantém sempre sadia e produtiva, sem precisar de adubação artificial.
Da presença da manta morta resulta ainda um melhor aproveitamento da água das chuvas que cai sobre ela; funcionando como uma esponja, absorve essa água que, lentamente vai cedendo ao solo, onde se infiltra, aumentando e regularizando, assim, os caudais das fontes, das nascentes, dos ribeiros e dos rios.
Uma abundante manta morta é a maior riqueza que uma floresta pode ter.
A floresta no seu interior tem um clima ameno que fora dela; as temperaturas variam menos, sendo menos fria no Inverno e menos quente no verão, e o ar é sempre um pouco mais húmido.
Os ventos quebram a sua força quando a encontram, e não conseguem correr entre as arvores como fazem em campo aberto; é assim mais calmo o ar dentro da floresta.
As gotas da chuva quando caem sobre as copas das arvores são obrigadas a dividir-se em gotas mais pequenas e a acumularem-se nas folhas, levando assim mais tempo até começarem a cair no solo, onde caem com menor intensidade, e, embora alguma água se perca, a maior parte é canalizada até às raízes e depois depositada pela acção das plantas em depósitos subterrâneas.
Infelizmente a terra da antiga Lusitânia está sendo varrida das antigas florestas que se mostravam verdes e ricas. Eram estas florestas que serviam de templo aos antigos habitantes destes montes e vales. Onde está a nossa milenar floresta? O que aconteceu aos descendentes dos nossos magos protectores das árvores? Para os antigos povos lusitanos, todas as árvores eram sagradas e respeitadas, bem como todos os animais que as povoavam?
Para os Druidas a floresta representa toda a criação do mundo e merece todo o nosso respeito e devoção.
estas plantas foram semeadas em vasos de sementes recolhidas no Outono
A nossa missão é hoje combater os males que destroem a nossa querida Terra.
A floresta da Lusitânia está a ser destruída a um ritmo galopante, desta forma somos nos os guardiães sobreviventes que iremos cuidar e preservar o nosso Templo Florestal.
Para isso, existe a recolha de sementes de árvores, sementeira e a plantação delas na serra.
Hilda neta de Bergeon procura as 8 pedras do Tempo.
A lenda de Hilda transporta-nos para um passado distante, onde os factos hostóricos de uma determinada região nos vão ser apresentados de forma animada.
relaxe do esquilo
dente de leão
O Nosso Mundo
Malmequer-dos- brejos ou Calta
Crocos ou Flor-do-tortulho
Urze arbória ou Torga
Podemos concluir que o nosso mundo é um paraíso, mas é destruído pela ganância de alguns, e a falta de respeito que temos pela Criação.
Afinal vivemos num mundo todo ele perfeito e maravilhoso.
Certamente, já se perguntou o que seria uma pessoa verdadeiramente feliz. A problemática assenta num conflito pessoal, institucional e global. Muitos indivíduos tentaram recorrer a diferentes fórmulas de conseguir a tão desejada felicidade. É certo que, nem todos alcançaram o que queriam e morreram sem realizarem o desejo.
O sentimento desenvolve-se em crenças instituídas pelo grupo onde se integra o individuo. Claro que estes são moldados pelo ambiente e interacções pessoais. A isso chama-mos sociologia, ciência que estuda as reacções que surgem da interacção entre várias pessoas e o seu local.
Vivemos hoje num mundo inquietante, inundado por mudanças, marcado por conflitos, tensões sociais, bem como pelo assalto destrutivo ao meio ambiente natural promovido pela tecnologia moderna. Na obstante, temos mais possibilidades de controlar melhor os nossos destinos e dar um outro rumo ás nossas vidas.
A imaginação sociológica implica, acima de tudo, abstrairmo-nos das rotinas diárias familiares, de maneira, a poder olha-las de formas diferentes. Pode-mos começar por notar que o café não é meramente uma bebida. O ritual associado ao acto de tomar café frequentemente é muito mais importante do que o consumo de café propriamente dito. Duas pessoas que combinaram encontrarem-se para tomar café estão provavelmente mais interessadas em estarem juntas e conversar do que em beber, de facto, o café. Em todas as sociedades, na realidade, beber e comer proporcionam ocasiões para interacção social e desempenho de rituais. Pode-mos dizer que a felicidade depende de actos de relacionamentos.A felicidade dependo da auto realização e centra-se numa constante busca do prazer e satisfação. A felicidade é um acto nosso e só nós o poderemos sentir.
Realmente somos felizes: tudo à nossa volta é perfeito e belo.Repara, observa e as pequenas coisas trazem-nos tanta felicidade. Um pequeno gesto, um cheiro, uma amigo, uma flor, uma animal, uma bebida...enfim, um infindável de situações.
lírio dos rios amarelo
lírio Amarelado da serra
Às vezes acho que não queremos ser felizes. É tão mais fácil encarnar o maldito fado, aquela tristeza enraizada e sentirmos pena de nós próprios, do que olhar de frente para a vida e sorrir com o que temos. Não é ao acaso que a palavra saudade só existe na nossa língua, sem traduções literais para outros povos. Esta é a forma de que nós, portugueses, encontrámos para viver o presente envergando um estandarte chamado saudade, saudade essa que nos relembra uma felicidade que faz parte do passado. Mas nesse passado, nesse tempo, a felicidade de então agora chamada saudade não era mais do que uma mão cheia de interrogações, dúvidas e o passar normal do tempo.
Às vezes tenho quase a certeza de que para ser feliz é urgente saber qual a saudade que nos espera num futuro próximo, para agora ter a consciência de que o que vivemos é um momento feliz.
Às vezes pergunto-me... E os outros, estão felizes agora?"
lírio lilás do campo
“A magia dos animais habita em teu coração, chama esta energia secreta e realize logo o impossível”. CERNUNNOS, Senhor dos Animais.
Para mim, aquele que transforma a si mesmo, mas com seu exemplo, toca e emociona a todos. A magia, não é tão misteriosa quanto parece, ela habita os bosques de nossos corações, entre nele e busque a luz e a sabedoria que com certeza lhe será revelada. Os druidas eram Xamãs. Mediante um processo de iniciação pessoal, numa sucessão de estados de transe tinham acesso ao Outro Mundo. Eram capazes de representar um mundo dentro do outro
Graças aos altos-relevos galo-romanos, sabemos hoje que existia um deus com chifres, denominado Cernunnos, cujas origens estão na divindade que os antropólogos denominam de “Senhor dos Animais”
Era o deus da caça e a presa estava sob seu controle. A idéia de um caçador cornudo remonta os tempos muito antigos, nas pinturas das cavernas mostram este homem coberto com peles de animais. A idéia era que o caçador deveria se identificar com sua caça, o cervo, com o objetivo de apaziguar seu espírito dominante. Este é o mistério mais antigo do mundo: o caçador e o caçado deveriam ser um só.
A transformação em natureza animal, seja a de touro, cervo, cavalo, javali, gato, pássaro ou peixe, aparece com frequência nos contos celtas. A identificação Xamânica com animais refletia-se claramente no culto celta, inclusive, nos tempos do cristianismo.
Curiosidades:
Segundo Justino, os celtas tinham mais mestria na arte da adivinhação do que qualquer outro povo de seu tempo e atinham-se a ela cegamente. Foi uma revoada de pássaros que guiou ou Gauleses que invadiram Illyricum. Em outra ocasião, a maneira de voar de uma águia convenceu um rei que deveria regressar de uma expedição e evitar um desastre. Se houvesse algum litígio entre duas pessoas, cada uma colocava alguns pastéis sobre a mesa, de modo que não houvesse confusão sobre a propriedade de cada grupo de pastéis. Os corvos vinham, pousavam na mesa, comiam vários deles e beliscavam e inutilizavam um a um. O Litigante cujo pastel tivesse sido apenas beliscado era o ganhador da causa.
Os lusitanos liam através da adivinhação, observando a água, as árvores e os animais.
O druida era um Xamã, sacerdote, poeta, filósofo, médico, juiz e profeta. A sua educação incluía várias etapas. Desse modo, os estudos de um bardo irlandês,o “fili”(aprendiz) constavam de versos, composição e recitação de histórias e gramática. O Ogham (ciência das árvores- idioma secreto), filosofia e leis. Os sete anos seguintes eram dedicados a estudos mais especializados e incluíam a linguagem secreta dos poetas e o “fili” se transforma em “ollamh” (mestre inicial). Podia então, receber instrução em genealogia, direcção de fim, “o homem instruído”estava preparado para estudar encantamentos, adivinhações e magia.
“Todos os druidas eram bardos, mas nem todos os bardos podiam aspirar a ser druidas.”
Ao descrever o clero da Gália, César divide-o em três grupos: “os Vates praticavam a adivinhação e estudavam filosofia natural. Os Bardos relatavam em verso as grandes façanhas das suas deusas. Os Druidas ocupavam-se da adoração divina, da correcta celebração dos sacrifícios, pública e individual e da interpretação de questões rituais.”O seu poder parecia absoluto, pois segundo suas observações, o maior castigo que se podia impor a uma pessoa ou família era a exclusão do ritual dos sacrifícios.
DEUSES E HERÓIS
A idéia de que guardiães protegiam e defendiam o Planeta Terra, com certeza veio do pensamento celta, pois fica explícita nas toponímias que procedem do Deus do Sol, LUGH. O seu nome significa lux (luz) e lucus (arvoredo) existe na Galiza uma cidade com este topónimo, Lugo. Na França é conhecido como Laon, e Lyon, na Holanda como Leiden e na Grã-Bretanha como Carlisle. Lusitânia, antiga província da Península Ibérica, administrada pelos romanos no século III a. C., adaptou este nome LUGH-lux-luz+local-sitio-terra=Lusitânia. Porque os povos tinham como Deus Lugh a sua divindade.
Outras divindades como Bel, Don, Og, Ategina e Trebola reportam-nos aos poderes sobrenaturais personificados e disseminados pelas antigas tribos celtas. Porém, Lugh representa um símbolo essencial entre todos os festivais, lendas e histórias Ibéricas.
Os celtas eram um povo muito extrovertido, encarnavam seus deuses como Tuatha Dé Danann (Deus guerreiro vencedor da eterna batalha com as trevas). Lugh do Longo Braço tinha uma lança mágica que disparava fogo e rugia na batalha Moytura, enquanto libertava o Rei Nuada e os Tuatha Dé Danann das mãos dos Fomori, os demônios da noite que só tinham um olho.
Personagens:
Nas sociedades Celtas, os druidas desempenharam um papel primordial. Aconselhando Reis, ensinando as ciências, dominando a medicina e a astronomia. E é também o sacerdote, o Juiz e a memória do povo, representado de túnica branca, de foice de ouro na mão, cortando o visco, mas não deixou nenhum texto escrito para testemunhar a sua sabedoria e os seus conhecimentos.
Sem dúvidas, os druidas eram uma comunidade de sábios e deixaram poucos vestígios materiais da sua existência. Para reconstruir a sua história e encontrar a sua mensagem, apenas dispomos, infelizmente, dos testemunhos de autores ao serviço do império romano e de histórias compiladas pelos monges Irlandeses, Bretões e Gauleses da Idade Média; documentos tantas vezes suspeitos, mas inúmeros e vindos de horizontes diferentes, permitem-nos verificações, e por vezes, algumas das suas informações são confirmadas pelas descobertas arqueológicas. Deste modo, os historiadores, os linguistas, os arqueólogos, reconstituem a pouco e pouco a sua herança perdida.
A sabedoria destes, soube tornar os Celtas despreocupados, livres e alegres. O seu destino pessoal nas batalhas deixava-os indiferentes. Nada se perfilava no horizonte da sua passagem pela Terra. Uma outra vida feliz, sem inferno nem purgatório, os esperava no Outro Mundo.
Sabe-se pelos relatos dos Celtas insulares que este Outro Mundo, espécie de universo paralelo, “o Sid”, podia simbolicamente situar-se numa ilha do oceano, no extremo ocidental; ali, onde desaparece o Sol ao anoitecer, estava a Ilha; ou ainda ser imaginada no norte do mundo como a ilha de Avalon.
Todos os anos, no dia1 de Novembro, a festa dos Finados, que marcava o início do ano celta. O tempo e o espaço deixavam de existir e os dois Mundos comunicavam-se entre si. As elevações neolíticas, as áreas cobertas, os túmulos, os dólmens, com corredores, serviam de ponto de contato privilegiados com o mundo dos desaparecidos: prova de que os Celtas e os Druidas não tinham a menor dúvida sobre a antiguidade e a função funerária destes monumentos.
A morte das Florestas
“Homens sábios, do Bosque, da Árvore, do Carvalho, sem dúvida foram os Druidas. Todos os testemunhos concordam neste aspecto: poetas, geógrafos, historiadores associaram os Druidas às florestas.
Por este motivo a conquista da Lusitânia se tornou numa guerra contra as pessoas e as árvores; e o Imperador César “foi o primeiro a ousar pegar num machado, brandi-lo e rachar com ferro fundido um Carvalho perdido no bosque”, árvore milenar e altiva foi cortada.
A desarborização intensiva da Lusitânia pelos romanos contribuiu tão eficazmente para o desaparecimento dos Druidas e Celtas. E assim, acabou a civilização dos Lusitanos e se esqueceu do seu passado.
Quando S. Mateus, em meados do século III, veio especialmente a Viseu com o intuito de cristianizar definitivamente o lugar Lusitano sagrado, começou por mandar abater com machado e alvião todas as árvores que cobriam a célebre colina de Viseu.
Lutar contra as árvores era ainda nesta época uma forma de combater o Druidismo e a Cultura Celta.
Nas clareiras, no coração das profundas florestas, protegidas pela penumbra das criptas vegetais, os Druidas transmitiam pacientemente aos seus discípulos a sua sabedoria memorial: estes afirmavam conhecer a grandeza e a forma da Terra e do mundo, os movimentos do Céu e dos astros, bem como a vontade dos Deuses. E durante muito tempo, seja numa gruta, seja nos pequenos vales arborizados afastados, ensinavam ao seu povo uma doutrina secreta.
Na sua célebre descrição da apanha do visco pelos Druidas, Plínio, o Velho afirma que a cerimónia se realizava ao sexto dia da Lua, “que assinala entre eles o começo dos meses, dos anos e dos séculos que duraram 30 anos”. Os Brâmanes chamavam ao sexto dia da Lua Mahatithi, o Grande Dia.
Os Druidas, seus homólogos, consideravam este mesmo dia como particularmente sagrado e dotado de uma força considerável. A revolução sideral da Lua é de 27 dias, 7h e 43 minutos. É o tempo que o astro leva a voltar a uma mesma posição no céu em relação às estrelas.
Um século de 30 anos dos Druidas contém 401 meses de revolução sideral. É por isso que, por exemplo, nos romances da Távola Redonda, inspirados na tradição Celta, os Cavaleiros Guardiães do Graal são 400, número a que se vem juntar a figura do Rei.
A Lua e o planeta Saturno têm um parentesco curioso: no dia, a Lua decorre sobre a elíptica a mesma distância que Saturno no ano. Sem nos perdermos em pormenores, digamos que 30 dias da Lua equivalem a 30 anos de Saturno.
De acordo com um texto de Plutarco, de facie in orbe lunae, foi possível deduzir que o século de 30 anos dos Druidas começava quando o planeta Saturno, Nyctouros, entrava no ciclo do touro, ou seja, quando todos os 30 anos, nesta época, Saturno e a Lua no seu sexto dia se viam em conjunção com a pequena constelação das Plêiades, a noite da festa de Samhain (finados).
Mas se os séculos de 30 anos eram calculados em função do ciclo de Saturno e da revolução sideral da Lua, o calendário de todos os dias, como o encontrado em Coligny, em contrapartida, baseava-se na revolução sinódica, quer dizer, nos intervalos de tempo que separa duas fases idênticas do astro, ou seja, 29 dias 12h0 e 44minutos.
Um período de 5 anos chamava-se LUSTRE. Um ciclo druídico completo tinha 6 LUSTRES ou 30 anos. Uma era druídica tinha 630 anos ou 126 lustres.
A diferença entre revolução sideral e a revolução sinódica deve-se ao movimento da Terra. Existem 50 meses de revolução sinódica da Lua em quatro anos, e 150 em 12 anos. O número 50 e 150 (ou três vezes 50) surgem constantemente nas narrativas da cultura Celta, em particular na Tradição Irlandesa.
Com os romances da Távola Redonda, é a corte do Rei Artur que recorda este sistema; com efeito, segundo os poetas, os cavaleiros reúnem-se aí quer em número 12 quer de 50 ou ainda de 150. Assim, a corte do mundo sensível do Rei Artur opõe-se ao reino espiritual do Graal.
Plutarco, no texto já citado, conta que os habitantes das ilhas dispersas em redor da Grã-Bretanha, afirmam que Saturno é mantido prisioneiro pelo seu filho Júpiter na ilha nórdica de Ogígia. O planeta Júpiter percorre a elíptica em 12 anos, ou seja, 150 meses de revolução sinódica da Lua. A história Celta referida por Plutarco desvenda talvez apenas uma oposição entre dois modos de contar tempo.
Os Druidas não ensinaram uma religião, mas uma metafísica da Natureza. A sua Confraria reuniu a aristocracia do saber e da filosofia. Guias espirituais eram também cientistas, físicos, astrónomos…
Um dos factos mais interessantes na cultura celta era a afinidade com a natureza, os celtas realizavam a contagem dos dias através do nascer e do por do sol. Levando-os a contarem as noites e não os dias, criando assim uma ligação perfeita entre o céu e a terra, entre o sol e a lua.
Assim o dia começa quando o sol se põe; ao contrário do que “vivenciamos” atualmente. O dia se inicia com a Lua, com a Deusa mostrando que é hora de trabalhar o mistério, o oculto, o morrer.
Ao amanhecer, o Deus vem fecundar e nutrir a Deusa, para que mais um dia possa ser gerado. Aceitar, entender esta prática sem fazer qualquer ligação com feitiçarias, para alguns é muito difícil, mas, para os Sacerdotes dos Celtas – Os Druidas – e para a cultura celta em geral, estes ensinamentos são de imensa profundidade. Os druidas deram a cada um dos meses do ano o nome de uma das suas árvores sagradas; assim como fizeram com o alfabeto ogham. Cada letra deste alfabeto era representada por uma árvore, que, por sua vez, representava um período do ano. A este período demos o nome de mês; isto para fazermos um paralelo entre as duas culturas. A doutrina
As religiões primitivaslouvavam as pedras, as montanhas, os campos, as florestas, os rios e os oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deusese o dos homens, entrelaçado com a veneração que osCeltas tinham pelas árvores. Como uma representaçãodo universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimentoprofundo da Terra.
E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimentoà luz. A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimentoe, em retorno o homem respeitava-a.
Retirado dos mistérios antigos
O Horóscopo Celta Lunar não foi desenvolvido baseado nosmovimentos da lua (como alguns devem estar imaginando), mas sim nos períodosdo ano em que suas árvores sagradas tinham uma maior predominância de suas características e propriedades. Desta forma, veja através das linhas que se seguem, qual árvore rege o período do ano que você nasceu.
Mencionamos anteriormente a constante do número três na cultura celta. Sabemos que eles tinham a noção do ser vivo ser tripartido em corpo, mente e espírito. Também tripartido era o universo, onde identificamos três mundos: o mundo superior (morada dos deuses indomáveis, as grandes forças da Natureza), o mundo médio (nossa morada) e o mundo inferior (morada dos ancestrais e espíritos da Natureza). Inferior aqui significa apenas “o que está abaixo”, sem nenhuma conotação negativa, uma vez que para os celtas não havia a noção de céu e inferno, de punições ou pecados. Esses três mundos estavam entrelaçados e ainda mais próximos em épocas especiais do ano (samhain ( finados) e beltane(Páscoa) dois dos festivais ligados às estações). O nosso “mundo médio”, por sua vez, também era tripartido: aqui existem os reinos do céu, da terra e da água, cada um parte de um todo.
Encontramos aí a explicação do uso constante dos triskles pelos celtas. Triskles são símbolos pré-celtas que mostram três espirais unidas por uma origem comum, ou ainda uma figura entrelaçada sem começo ou fim, com três pontas. Essas figuras mostram que os três elementos são parte de um todo e estão presentes em inúmeros monumentos em terras celtas. Monumentos esses construídos antes da chegada dos celtas , mas que certamente lhes provocou identificação.
Seus inúmeros deuses eram como tudo na Natureza (inclusive humanos): não eram apenas bons ou apenas maus, mas possuíam tanto potencial para o bem como para o mal. Não havia a dicotomia de que estamos acostumados, mas sim o equilíbrio de forças negativas com positivas. Os deuses podiam ser ao mesmo tempo benevolentes e cruéis: assim como uma chuva que cai sobre a Terra pode ser uma bênção quando os campos estão ressequidos ou então uma desgraça quando causa enchentes e destruição.
O Que é Druidismo?
"Deixemos de lado os argumentos morais, complicados e subjetivos, e passemos aos assuntos objectivos e coerentes de nossa linha lógica de pensar que tão bem nos diferem..."
Os druidas formavam um grupo selecto de pesquisadores e buscadores da Verdade que se reuniam não em bosques, em baixo de árvores, ou dentro de cavernas escuras, húmidas e frias, como querem algumas mentes pouco inteligentes e muito imaginativas.
O grande problema é que aqueles que geralmente dizem "conhecer" o ensinamento druídico não se deram ao trabalho de pesquisar a fundo as obras que foram escritas a respeito deles, na verdade, não estamos falando de um povo imaginário ou lendário, que viveu numa terra mística ou lendária, mas de um grupo real, documentado e contemporâneo aos primeiros historiadores, que os viram, tocaram e falaram com eles. Portanto, é muito mais difícil inventar,sendo muito raro encontrar obras sérias contendo as suas histórias, lendas e rituais secretos.
Os druidas se reuniam em Colégios onde desenvolviam e preservavam conhecimentos que herdaram de uma raça anterior a nossa e muito mais avançada, que possuíam o controle total do que hoje chamamos infantilmente de Energia Telúrica, e preservado pelos orientais com o nome de Feng Shui, além de compreender o poder dos elementos, e teria dito Aristóteles, mentor de Alexandre, o Grande: - "Se pudesse escolher meus exércitos; eles seriam as pedras, os ventos, o fogo os mares..." E eles dominavam claramente estas forças da natureza não por aprendizado próprio, mas por herança, e isto não é lenda. Os romanos e gregos registraram seu poder.
Caius Julius Caesar, ou Júlio César, se deu-se ao trabalho de registrar a história de sua guerra para conquistar a Gália (Portugal, Espanha, França, Holanda; norte da Itália, Romênia) e Bretanha (Inglaterra, Irlanda, Escócia), em sua obra “Comentários”, nela ele conta que após várias derrotas nas suas batalhas, percebeu que haviam druidas guerreiros, onde o termo druidesa não cabe, já que após um rito específico haveria a perda de polaridade, então seria "o druida" ou "a druida", e entre estes estrategistas havia mulheres, que oficiavam ritos, conheciam e controlavam as RUNAS, guerreavam e comandavam tribos; como é o caso de Beodica, que além de rainha, era druida, e de Morgana, que chegou ao cargo de Merlin da Bretanha, em circunstâncias especiais. Estes foram os estopins para a guerra entre o Império Romano expansionista patriarcal e a Céltica, um Império Dual, com igualdade de sexos, e que se expande através do conhecimento, da ordem e justiça social. Pois isso é dito não por fantasia ou outras formas fantásticas de informações comuns hoje em dia, mas de registros históricos públicos e testemunhados.
Quanto Tempo demora a Instruir-se um druida?
A aprendizagem demora cerca de 20 anos.
Os que aprendem passam pelo processo de Vates ( aprendiz) aprendem as artes da adivinhação e o mistério da vida. Os bardos aprendem a poesia e a história dos antepassados.
Durante o estágio final e do processo de formação os aprendizes transforma-se em Druidas. Só poucos conseguem alcançar o processo final.
O mundo tridimensional existe na cultura celta como um mundo que pode ser dividido em duas partes: o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.
Vivos
Mortos
Submundo
Mundo
Sacerdotes Estes dois mundos podem ser unidos entre si pelos sacerdotes. O primeiro é o mundo das árvores, dos animais e da luz. O segundo é o mundo das rochas, da água e do fogo.
As inscrições no Curso Superior de Druidismo - Ciências Antigas são realizadas pelos interessados no email druida_portugal@hotmail.com com a identificação do nome, idade, sexo, situação geografica.
primeira etapa do curso:
1-Observação do Mundo;
2-Estudo do mundo natural e espiritual;
3-cuidar da floresta;
4- conhecermo-nos.
O curso aborda os ensinamentos por etapas que serão abordadas nos tópicos das aulas seguintes.