domingo, 20 de dezembro de 2009

herbário de druida



assim é q se faz um herbário


a capa verde com aplicações de folhas e uma joaninha

o brasão do druida e a sua história em versos


as plantas são recolhidas e depois identificadas com o nome popular e o nome latino

sábado, 28 de novembro de 2009

Preservar a nossa Floresta



viveiro de druida



A floresta Lusa



A floresta, seja qual for a sua origem, representa uma das obras mais belas da criação da Natureza e constitui uma das maiores riquezas que vimos encontrar sobre a terra de Portugal, quer sobre a influência que exerce sobre o solo, clima e vida animal, quer pelos produtos que podem ser extraídos quando explorada.



árvores de um viveiro prontas a serem plantadas numa floresta


Para a protecção da Natureza são exactamente essas influências que mais lhe interessam, dado grande benefício que representam para a vida dos povos, e por isso é a ela que me vou referir em especial. E também não é indiferente à Protecção da Natureza todo o encanto que a floresta encerra, tanto pela maneira como está organizada a vida das plantas e animais que constituem, como pelo embelezamento da paisagem onde ela exista.
O valor dessas influências pode variar com o tipo de floresta e local onde esta se encontre; é em geral maior nas florestas virgens e em menor nas florestas espontâneas e artificiais, em exploração, embora neste último caso dependa da orientação técnica seguida.
Para fazermos uma pequena ideia da maneira como a floresta exerce essas influências benéficas no solo, no clima e na vida animal, vamos ver algumas mini florestas raras no nosso país, com alguma alteração do Homem, porém ainda podemos observar o estado selvagem.
A primeira coisa que se nota é a arrumação das plantas que a constituem em camadas distintas; por cima, árvores mais altas, depois outras de altura e idades diferentes, a confundirem-se, a certa altura, com os arbustos e, mais abaixo, com as próprias ervas, Junto ao chão, além destas últimas, os musgos e os cogumelos, misturados com uma espessa camada de folhas e detritos secos, mais ou menos apodrecidos, que o cobrem.
E além destas plantas, vivendo livremente com raízes na terra, ainda encontramos muitas outras, principalmente musgos e líquenes, agarrados aos troncos das árvores e dos arbustos.
A influência da floresta no solo, no clima e na vida animal, é uma consequência da presença de todos os vegetais vivendo em comum, arrumados no conjunto segundo regras estabelecidas pela Natureza, de modo a dar a cada planta as melhores condições de vida, de acordo com as suas exigências, e ainda da presença dessa camada de folhas secas, detritos e restos de troncos apodrecidos, que se acumulam sobre o terreno, a que se dá o nome de manta morta.
Compreende-se perfeitamente assim que essa influência possa variar da floresta espontânea para a floresta artificial, mais pobre como se apresenta em geral esta última, quer quanto à variedade e número de plantas que formam, quer quanto à arrumação destas, quer ainda quanto à riqueza da manta morta.




vasos com arvores jovens


A presença desta última é fundamental para garantir a existência da floresta, porque é à sua custa que se reconstitui a fertilidade do solo, onde ela se desenvolve; as folhas secas, os detritos e os troncos mortos, são a pouco e pouco desfeitos pela acção de numerosos bolores e pequenos animais, que vão provocando o seu apodrecimento e transformação numa espécie de adubo natural, húmus, que acaba por se misturar na terra, restituindo-lhe assim o alimento que as plantas lhe sugam pelas raízes.
É esta a razão por que a floresta espontânea se mantém sempre sadia e produtiva, sem precisar de adubação artificial.
Da presença da manta morta resulta ainda um melhor aproveitamento da água das chuvas que cai sobre ela; funcionando como uma esponja, absorve essa água que, lentamente vai cedendo ao solo, onde se infiltra, aumentando e regularizando, assim, os caudais das fontes, das nascentes, dos ribeiros e dos rios.
Uma abundante manta morta é a maior riqueza que uma floresta pode ter.
A floresta no seu interior tem um clima ameno que fora dela; as temperaturas variam menos, sendo menos fria no Inverno e menos quente no verão, e o ar é sempre um pouco mais húmido.
Os ventos quebram a sua força quando a encontram, e não conseguem correr entre as arvores como fazem em campo aberto; é assim mais calmo o ar dentro da floresta.
As gotas da chuva quando caem sobre as copas das arvores são obrigadas a dividir-se em gotas mais pequenas e a acumularem-se nas folhas, levando assim mais tempo até começarem a cair no solo, onde caem com menor intensidade, e, embora alguma água se perca, a maior parte é canalizada até às raízes e depois depositada pela acção das plantas em depósitos subterrâneas.
Infelizmente a terra da antiga Lusitânia está sendo varrida das antigas florestas que se mostravam verdes e ricas. Eram estas florestas que serviam de templo aos antigos habitantes destes montes e vales. Onde está a nossa milenar floresta? O que aconteceu aos descendentes dos nossos magos protectores das árvores? Para os antigos povos lusitanos, todas as árvores eram sagradas e respeitadas, bem como todos os animais que as povoavam?
Para os Druidas a floresta representa toda a criação do mundo e merece todo o nosso respeito e devoção.

estas plantas foram semeadas em vasos de sementes recolhidas no Outono



A nossa missão é hoje combater os males que destroem a nossa querida Terra.
A floresta da Lusitânia está a ser destruída a um ritmo galopante, desta forma somos nos os guardiães sobreviventes que iremos cuidar e preservar o nosso Templo Florestal.
Para isso, existe a recolha de sementes de árvores, sementeira e a plantação delas na serra.

sábado, 29 de agosto de 2009

A lenda de Hilda de Terrastal



O Castelo de Bergeon (bergueon), situa-se nas Terras Altas de Briganthia (Brigantnia). Na casa de Bergeon as sete filhas reunem na mesa redonda para decidirem sobre o futuro dos filhos de Briganthia.




Hilda neta de Bergeon procura as 8 pedras do Tempo.


A lenda de Hilda transporta-nos para um passado distante, onde os factos hostóricos de uma determinada região nos vão ser apresentados de forma animada.


sábado, 22 de agosto de 2009

Cava de Viriato- a memória que se esqueceu -Viseu


A propósito da Cava de Viriato em Viseu

Muito se tem escrito a cerca desta construção e muitas teorias são expostas como sendo prováveis para a existência deste monumento, mas todas muito incipientes.
Todavia esquecem-se que o nome e a lenda têm algo de verdadeiro que muitas vezes reflecte crenças populares que passam oralmente de geração em geração.
Como dizia um grande sábio: “a verdade muitas vezes esconde-se à frente dos nossos olhos, mas teimamos em não vê-la.”
Dizem alguns historiadores que a construção seja um acampamento militar romano, outros que é uma construção muçulmana. Podemos perguntar qual das duas teorias é a mais verídica e disparatada. Nos países onde os romanos estiveram não existe nada semelhante, enquanto nos países muçulmanos também não temos nada idêntico, logo concluímos que não foram estas duas culturas que é construíram.
A arquitectura da cava de Viriato tem uma característica muito peculiar, obedecendo os vértices aos pontos cardiais e tem como forma geométrica um octógono construído em camadas de terra.
Construções semelhantes a esta existem na Irlanda (ditches enclosures) onde os romanos e os muçulmanos nunca estiveram. Muitas destas muralhas em forma geométrica têm características semelhantes à cava de Viriato, possuem um fosso e são construídas em terra.
Julga-se hoje através de investigações feitas, que é uma arquitectura votiva a ritual pré ou proto-histórico de recintos de fosso e lomba com finalidade geodésico. A sua configuração parece remeter para uma eventual orientação que regia radialmente uma eventual imposição de um octapolo. Julga-se que tal uniformização possuía um valor de medida calandarial ou cálculos calandariais regidos pela orientação dos astros em determinada época do ano. Ora para os povos pré-romanos o fenómeno do equinócio obedecia a um conceito matemático o qual estudava os movimentos impressos no eixo da rotação da Terra pela Lua e o Sol. A orientação da luz do sol que se ergue a leste dá-nos um ponto cardeal com o seu próprio raio energético. O conjunto destes raios convergem para um ponto central, ponto no qual o eixo do mundo, unindo o zénite e o nadir. É de salientar que este esquema geométrico do símbolo do Cosmos e de Terra está presente o número 8, símbolo que representa o infinito matemático (8), representado na cruz octogonal celta e dos templários.
Este enigmático monumento transporta-nos para um campo ainda mais vasto: os inúmeros conjuntos de construções castrejas que rodeiam a cidade de Viseu ajudam-nos a perceber que, os povos pré-romanos eram fortemente celtizados, deixando na região uma identidade própria de indícios que merecem ser mais aprofundados e estudados.

Esta questão transporta-nos para o celtismo e a presença deste nesta região.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Os celtas e as nossas raizes





O Celtismo


A questão do celtismo não mereceu em Portugal a atenção que lhe foi dada, por exemplo, na Galiza. Efectivamente, a presença céltica é certa, e encontra-se documentada através de Geógrafos Gregos e, em especial, por Estrabão – que nomeia os keltoi ou célticos estabelecidos no Alto Alentejo. Hoje em dia, porérm, a questão de celtismo não se coloca com a acuidade que se colocava na viragem do século XIX para o XX e durante os primeiros anos do século passado, o celtismo corresponde a um «pacote» cultural e tecnológico com as suas fases ou «vagas» bem definidas, entre o período Halstatt e o período La Téne sem que tais«vagas» correspondam as migrações em massa de povos celtas. Que os celtas se expandiram gradualmente por toda a Europa a partir do século VI a.C, segundo referencia de Heródoto.
Mas os Celtas por sua vez, deixaram de corresponder a uma etnia – outrora uma «raça» - para serem vistos como um mosaico de povos de origens diversas e eivados de regionalismo bem vincados, adoptando, isso sim, um «pacote» cultural celta ou centro-Europeu da 1ª e da 2ª Idade do Ferro, perdendo relevância as análises que dão desta civilização pancéltica. No caso Português a questão foi atenuada por diversas circunstâncias: a forte latinização dos povos pré-romanos após a romanização, a carência de fontes místicas «directas» ou étnicas célticas (como as que ainda se encontram na Irlanda, Gales, Escócia, Inglaterra, Bretanha, e sul de França, e mesmo estando Germanizadas ou Romanizadas); o debate em torno da origem dos Lusitanos, entidade étnica que recua a tempos pré-célticos e que, segundo alguns, teriam uma filiação na etnia lígure; a indo-europeização antiga do próprios Lusitanos, que remontara à Idade do Bronze, sem que tal significasse a adopção de uma língua céltica completa; aspectos de antropologia física que, na sequência de análises rácicas, atribuíram aos Portugueses um forte esteio ibérico, embora, ultimamente através de estudos genéticos atribui-se aos portugueses uma forte componente genética do modal atlântico, diferenciando-se desta forma dos outros povos mediterrânicos e assemelhando-se desta forma a todos os povos atlânticos caracterizados por serem povos celtas; e a inexistência de traços concretamente civilizacionais do «núcleo duro» da cultura céltica, designadamente no campo religioso, uma vez que os paganismos e panteísmos naturalistas se confundem e fazem parte de um substrato patente em quase todos os povos proto-históricos da Península Ibérica. Parece certo, porém, que o esquecimento da identidade celta se deu de forma a sobrepor uma outra identidade e uma outra face dos costumes dos Portugueses. Embora se saiba que no nosso território existem características culturais e folclóricas idênticas às dos povos ditos celtas. Se houve no passado uma influencia céltica que levou à criação da designação celtiberos, uma realidade bastante confinada quanto a nós à Meseta Castelhana e aos respectivos resultados da chamada «invasão» dos «povos dos campos de urnas», com reflexos nos Lusitanos seus vizinhos. Por sua vez, os temas e motivos ornamentais que supostamente foram sendo atribuídos aos Celtas (como os tríceles, as suásticas, os encordoados e os entrançados ou a estatuária dos guerreiros e dos Berrões) são relativamente frequentes, tendo uma origem autóctone – o caso óbvio da ourivesaria proto-histórica Portuguesa, independentemente dos traços celtismo constituído pelas viria ou pelos torques.
Mesmo assim, há a considerar uma influencia céltica por via de povos celtizados que foram penetrando no nosso território, designadamente os que entraram meridionalmente estabelecendo-se a sul do Sado e até à bacia do Guadiana e os que se terão misturado com os povos do Nor
oeste após uma expedição (juntamente com os Túrdulos) até ao Rio Lima.
Não sabemos também com rigor até que ponto é que os outros povos contemporâneos ou afrontados por celtas no nosso território (Cinetes ou Kunetes, Connii, Turdili) não corresponderam a etnias já celtizadas anteriormente. A história, pelo lado das etnias, será sempre difícil- se não mesmo impossível- de fazer. Para resumir razões constata-se que são assinaláveis os vestígios de toponímia celta em Portugal (os derivados de Alb, Ave, Arco, Arv, Brig, Camb, Lang, Viana, etc), entre os quais se contam também os sufixos em – briga, alguns etnónimos e hidrónimos, bem como nome de povoações ou lugares derivados de patrimónios. Mas as misturas e hibridizações entre nomes pré-celtas e celtas são frequentes, confirmando a influência celta em Portugal, associada a motivos da cultura material, especialmente relativa a instrumentos de guerra (escudos, as espadas e as falcatas) e alguns utensílios agrários como o carro ( uma palavra celta e um dos modelos do arado português. De algum modo, da mesma forma que podemos afirmar conjuntamente com os povos actuais da Europa Ocidental que «somos todos romanos» não é menos verdade que também «que somos todos celtas», no sentido em que as culturas actuais assentam igualmente nesse substrato de lenta sedimentação. Vale dizer que a questão do celtismo em Portugal contrasta com a Galiza, onde o estro nacionalista, ainda vivo, se socorreu desse passado – em grande medida mítico – para «inventar a tradição» e construir uma metaistória e um metafolclore fortemente celtizante.






bibliografia:Pedro Silva, História Mistica de Portugal, editora Saída de Emergência;




John Haywood forenword by Barry Cunliffe, The Historical Atlas of the Celtic World, Editora Thames x Hudson;




Teófilo Braga, Viriato " A Lusitânia é a mais poderosa nação da Hispânia", Ensaio sobre a Alma Portuguesa;




José Galambas, A Terra de Endovélico-O Deus dos Lusitanos, Zéfiro;




Paulo Alexandre Loução, Portugal-terra de Mistérios, Esquilo;




Fernando Barrejón, Viriato - O colar dos Deuses- Romance Hisórico, Esquilo.




domingo, 26 de julho de 2009

conhcermo-nos


Conhecermo-nos





relaxe do esquilo


Todos possuímos duas essências: uma destruidora e outra construtiva.
A destruidora é indubitavelmente mais poderosa, poisa consegue ser realizada sem grande esforço, enquanto a construtiva demora a ser planeada e exige trabalho e esforço.
O ser humano consegue destruir em menor tempo que construir.
descansar

O mundo é constituído por elementos que exigiram milhões de anos para se formarem, porém em dois segundos o homem consegue apagá-los.
O ciclo natural da vida processa-se de uma forma equilibrada sem destruição.
Imaginamos o leão a caçar um veado, será que é um processo destruidor matar o veado? Não, pois o leão mata para continuar o ciclo da vida.
laminum amarelo

E um caçador humano mata para manter o ciclo da vida? Não, mata até ao extermínio.
Será que o ser humano assegura desta forma a continuidade da sua própria existência? Sabemos hoje que, a espécie humana corre riscos se não alterar o seu modo de ver o mundo. O mundo não pertence ao homem, mas sim o homem pertence ao mundo.
Conclusão: O homem como ser inteligente deve zelar pela sobrevivência das toas as espécies na superfície terrestre. Deste modo, estará a contribuir para a sua própria existência sustentável e por sua vez a sua maior felicidade – a vida!

dente de leão

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Conhecer o nosso Mundo

O Nosso Mundo



cerejeira de Santa Lúcia

O Nosso Mundo



O ser humano, como hoje conhecemos, tenta modificar o ambiente que o rodeia, nem sempre da melhor maneira, para nele ter uma boa qualidade de vida. Porém, o ambiente em vez de se tornar agradável, transformou-se num habitat inóspito, agressivo e modificado. A ideia de construir melhor segundo regras sociais, desmistificou a ideia da perfeição do homem. Deste modo, o mundo, não agrada quem o projectou.




Malmequer-dos- brejos ou Calta



Na realidade o nosso/vosso mundo tornou-se um mundo de betão onde todo o seu verde foi substituído por um cinzento grotesco e de cor pálida; as florestas tornaram-se parques de estacionamento, os cursos de água são desviados para nosso proveito, destruindo todo o seu historial, fauna, flora e vida animal.
A percepção do mundo transformou-se num ecrã turvo e dissimulado, pois o que mais nos interessa, são os recursos naturais para explorar, pensando somente nos lucros que iremos obter e esquecemos de ver a verdadeira destruição que estamos a causar.
Será que o mundo não tem tudo o que precisamos?




Crocos ou Flor-do-tortulho




Estaremos a aproveitar todo o potencial dos nossos recursos naturais?
Os nossos conhecimentos estarão a ser aplicados no bem de todos?
Efectivamente o mundo tem tudo o que nós precisamos, mas graças à ganância de obter lucros a baixo custo, não nos apercebemos do mal que estamos a causar.
Não estamos a aproveitar todo o potencial que o mundo nos oferece, devido ao elevado custo que acarretaria seguir politicas ambientais.
O mesmo caso acontece com os conhecimentos para o bem de todos, que também não são utilizados devido ao seu elevado custo, ou mesmo por medo de investir num projecto que tenha pouco retorno.


Urze arbória ou Torga

Podemos concluir que o nosso mundo é um paraíso, mas é destruído pela ganância de alguns, e a falta de respeito que temos pela Criação.
Afinal vivemos num mundo todo ele perfeito e maravilhoso.



Dente de Leão ou leituga de leão




sábado, 18 de julho de 2009

como encontrar a felicidade- projecto I



Como encontrar a felicidade


lírio branco da primavera




Certamente, já se perguntou o que seria uma pessoa verdadeiramente feliz. A problemática assenta num conflito pessoal, institucional e global. Muitos indivíduos tentaram recorrer a diferentes fórmulas de conseguir a tão desejada felicidade. É certo que, nem todos alcançaram o que queriam e morreram sem realizarem o desejo.
O sentimento desenvolve-se em crenças instituídas pelo grupo onde se integra o individuo. Claro que estes são moldados pelo ambiente e interacções pessoais. A isso chama-mos sociologia, ciência que estuda as reacções que surgem da interacção entre várias pessoas e o seu local.
Vivemos hoje num mundo inquietante, inundado por mudanças, marcado por conflitos, tensões sociais, bem como pelo assalto destrutivo ao meio ambiente natural promovido pela tecnologia moderna. Na obstante, temos mais possibilidades de controlar melhor os nossos destinos e dar um outro rumo ás nossas vidas.
A imaginação sociológica implica, acima de tudo, abstrairmo-nos das rotinas diárias familiares, de maneira, a poder olha-las de formas diferentes. Pode-mos começar por notar que o café não é meramente uma bebida. O ritual associado ao acto de tomar café frequentemente é muito mais importante do que o consumo de café propriamente dito. Duas pessoas que combinaram encontrarem-se para tomar café estão provavelmente mais interessadas em estarem juntas e conversar do que em beber, de facto, o café. Em todas as sociedades, na realidade, beber e comer proporcionam ocasiões para interacção social e desempenho de rituais. Pode-mos dizer que a felicidade depende de actos de relacionamentos.A felicidade dependo da auto realização e centra-se numa constante busca do prazer e satisfação. A felicidade é um acto nosso e só nós o poderemos sentir.
Realmente somos felizes: tudo à nossa volta é perfeito e belo.Repara, observa e as pequenas coisas trazem-nos tanta felicidade. Um pequeno gesto, um cheiro, uma amigo, uma flor, uma animal, uma bebida...enfim, um infindável de situações.







lírio dos rios amarelo









pensamento do dia ( escrito pelo Pedro)

"Às vezes pergunto-me se sou feliz. Ou melhor, se em determinado momento estou feliz. Sim, pois a felicidade não é um estado idílico e permanente que nos define mas define sim os nossos momentos, aquela força apaziguadora que vem de dentro e se alastra pelo nosso corpo deixando-nos uma sensação amena e de plenitude. Mas como a definição de momento – espaço temporal limitado – também a felicidade vem embalada com data de validade, que é sempre curta e temporária.

Às vezes pergunto-me se estou feliz. Há alturas da nossa vida, momentos que marcam a nossa história, o atingir de objectivos, mudanças para melhor, nesses instantes é fácil perceber a felicidade. É como soprar as velas no bolo de aniversário, nessa meia dúzia de segundos quando enchemos o peito de ar e tentamos conquistar desejos com a extinção das chamas, quando estamos rodeados de quem nos quer bem, aí de certeza que pelo menos uma ponta de felicidade nos atinge. Pelo menos para quem não tem problemas em envelhecer. Mas estes são os momentos fáceis de felicidade. E o dia a dia? Os momentos corriqueiros ou o que o presente nos reserva?

Às vezes fico sem saber se a vida que tenho hoje me faz feliz. Não é que tenha motivos para me queixar, ou melhor, ter até tenho, como toda a gente. Mas a vida é feita disso mesmo, nunca estamos suficientemente contentes com aquilo que temos e isso é o que faz de nós seres humanos, a ambição. Mas quando temos uma vida que está mais perto daquilo que queríamos para nós do que longe, deveríamos sentir satisfação. Mas quando as coisas são simples, demasiado simples, nós temos o dom de complicar, não é verdade? E pelo meio do que é simples, encontramos dúvidas e inquietações e esquecemo-nos de estar feliz com o que temos. E quando é que nos lembramos de que estivemos felizes? Muitas vezes, só depois dessa felicidade fazer parte do passado.

lírio Amarelado da serra



Às vezes acho que não queremos ser felizes. É tão mais fácil encarnar o maldito fado, aquela tristeza enraizada e sentirmos pena de nós próprios, do que olhar de frente para a vida e sorrir com o que temos. Não é ao acaso que a palavra saudade só existe na nossa língua, sem traduções literais para outros povos. Esta é a forma de que nós, portugueses, encontrámos para viver o presente envergando um estandarte chamado saudade, saudade essa que nos relembra uma felicidade que faz parte do passado. Mas nesse passado, nesse tempo, a felicidade de então agora chamada saudade não era mais do que uma mão cheia de interrogações, dúvidas e o passar normal do tempo.
Às vezes tenho quase a certeza de que para ser feliz é urgente saber qual a saudade que nos espera num futuro próximo, para agora ter a consciência de que o que vivemos é um momento feliz.

Às vezes pergunto-me... E os outros, estão felizes agora?"

lírio lilás do campo

sábado, 10 de janeiro de 2009

Curso Superior de Druidismo - Ciências Antigas I



Por Grão Druida Trilouil


O processo de consagração de um Druidas






Quem eram os druidas? – Os druidas foram membros de uma elevada estirpe de Celtas que ocupavam o lugar de juízes, doutores, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos, astrónomos, etc. mas que evidentemente não constituíam um grupo étnico dentro do mundo Celta. Eram grandes conhecedores da ciência dos astros, da terra e da água.
As mulheres célticas gozavam de mais liberdades e direitos do que as de outras culturas contemporâneas, incluindo-se, até mesmo, o direito de participarem em batalhas, e de solicitarem divórcio. Neste contexto havia mulheres druidas.
Na cultura druídica, portanto, a mulher tinha um papel preponderante pois era visada como a imagem da Deusa.
No contexto religioso os druidas eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade, a Deusa Mãe. Embora prestassem culto à Deusa Mãe mesmo assim admitiam que todos os aspectos expressos a respeito da Divindade eram ainda percepções imperfeitas do Divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais eram do que aspectos de um só Ser Supremo - qualquer que fosse a sua denominação visto sob a óptica humana.
A palavra druida é de origem céltica (keltoi), e segundo o historiador romano Plínio - o velho, ela está relacionada com o carvalho, que na realidade era uma árvore sagrada para eles.
O povo celta não usava a escrita para transmitir seus conhecimentos, assim e após, o domínio do cristianismo perdeu-se muito das informações históricas daquela maravilhosa civilização e especialmente das que a precederam deste o fim da Atlântida, excepto aquilo que permaneceu zelosamente guardado nos registos de algumas Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica. Por isto muito da história dos Druidas até hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que realmente existiu entre o povo Celta mas que não nasceram nesta civilização. Sendo assim, impõe-se a indagação: de onde vieram os Druidas? Seriam Magos? Ou Bruxos? O pouco que popularmente é dito a respeito dos druidas tem como base diversas lendas.
Diversos estudiosos tem argumentado que os Druidas originariamente pertenceram à pré-céltica (não Ariana) população.
Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, a cultura druídica foi alvo de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito dela. Embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
Os Druidas dominavam quase todas as áreas do conhecimento humano, cultivaram a musica, a poesia, tinham notáveis conhecimentos de medicina natural, de fito -terapia, de agricultura e astronomia, e possuíam um avançado sistema filosófico muito semelhante ao dos neoplatónicos. O povo celta tinha uma tradição eminentemente oral, não faziam uso da escrita para transmitir seus conhecimentos fundamentais, embora possuíssem uma forma de escrita mágica conhecida pelo nome de escrita rúnica ou escrita ibérica (no caso da península ibérica). Mesmo não usando a escrita para gravar seus conhecimentos eles possuíram suficiente sabedoria a ponto de influenciarem outros povos e assim marcar profundamente a literatura da época, criando uma espécie de aura de mistério e misticismo, lenga-lengas, poemas, musica trovadoresca, lendas...
A Igreja Católica, inspirada pela Conjura, demonstrou grande ódio aos Druidas que, tal qual outras culturas foram consideradas pagãs, bruxos terríveis, magos negros que faziam sacrifícios humanos e outras coisas cruéis. Na realidade nada disso corresponde à verdade, pois quando os primeiros cristãos chegaram aquela região foram muito bem recebidos, até porque a tradição céltica conta que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (Taça usada por Jesus na Última Ceia).
Em torno disto existem muitos relatos, contos, lendas e mitos, especialmente ligados à Corte do Rei D. Afonso Henriques, referindo que ele era gigante e valoroso. São inúmeros os contos, entre eles, várias lendas populares de princesas, mouras, dragões, ninfas, gambozinos e cavaleiros.
A filosofia druídica na realidade era uma expressão mais mística da religião céltica. Esta era mais mágica, por isso mais popular, com formas de rituais mais rústicos, e muito mais ligado à natureza ambiental, à terra que era tratada com carinho bem especial. A mais popular das expressões religiosas dos celtas constituiu-se como o Natal, que o Catolicismo fez empenho em adaptar ao nascimento de Cristo.
A lenda de que S. Mateus chegou a Portugal para cristianizar este território. Foi transmitida oralmente pelos povos que o acolheram, dando-lhe o direito de ser ele a transmitir o cristianismo. Rapidamente o cristianismo se espalhou, pois a essência era de todo igual à filosofia céltica – sermos amigos e respeitar o próximo. Muitas das doutrinas católicas praticadas em Portugal têm como base rituais profanos (são Jorge, São Martinho e o magusto, santos populares…)
Ainda hoje, o culto da Virgem Maria tem como simbolismo a Mãe de todos, a Deusa Mãe, representando a Natureza no geral.
Em Viseu, o culto de S. Mateus, encontra-se envolto em lendas, referindo que este apóstolo passou por estas terras, ensinando a lei de Deus.
O druidismo em terras lusas é tão antigo que o nome de muitas localidades são dadas a árvores ou rios, mesmo nos montes se encontram capelas dedicadas à Nossa Senhora.
A pratica de infusões e conhecimento de plantas medicinais é legado desta cultura.
As celebrações anuais de S Martinho, santos Populares, Entrudo, o Serrar da Velha, O Pau de Fileira, Folclore e tradição oral de poemas e tantas outras evidências, dão-nos desta forte cultura celta.


Leis de um druida:
“Ter acesso ao conhecimento é um direito de todos; transmitir conhecimento é um dever



de quem o tem."




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CERNUNNOS











“A magia dos animais habita em teu coração, chama esta energia secreta e realize logo o impossível”. CERNUNNOS, Senhor dos Animais.
Para mim, aquele que transforma a si mesmo, mas com seu exemplo, toca e emociona a todos. A magia, não é tão misteriosa quanto parece, ela habita os bosques de nossos corações, entre nele e busque a luz e a sabedoria que com certeza lhe será revelada. Os druidas eram Xamãs. Mediante um processo de iniciação pessoal, numa sucessão de estados de transe tinham acesso ao Outro Mundo. Eram capazes de representar um mundo dentro do outro
Graças aos altos-relevos galo-romanos, sabemos hoje que existia um deus com chifres, denominado Cernunnos, cujas origens estão na divindade que os antropólogos denominam de “Senhor dos Animais”
Era o deus da caça e a presa estava sob seu controle. A idéia de um caçador cornudo remonta os tempos muito antigos, nas pinturas das cavernas mostram este homem coberto com peles de animais. A idéia era que o caçador deveria se identificar com sua caça, o cervo, com o objetivo de apaziguar seu espírito dominante. Este é o mistério mais antigo do mundo: o caçador e o caçado deveriam ser um só.
A transformação em natureza animal, seja a de touro, cervo, cavalo, javali, gato, pássaro ou peixe, aparece com frequência nos contos celtas. A identificação Xamânica com animais refletia-se claramente no culto celta, inclusive, nos tempos do cristianismo.
Curiosidades:
Segundo Justino, os celtas tinham mais mestria na arte da adivinhação do que qualquer outro povo de seu tempo e atinham-se a ela cegamente. Foi uma revoada de pássaros que guiou ou Gauleses que invadiram Illyricum. Em outra ocasião, a maneira de voar de uma águia convenceu um rei que deveria regressar de uma expedição e evitar um desastre. Se houvesse algum litígio entre duas pessoas, cada uma colocava alguns pastéis sobre a mesa, de modo que não houvesse confusão sobre a propriedade de cada grupo de pastéis. Os corvos vinham, pousavam na mesa, comiam vários deles e beliscavam e inutilizavam um a um. O Litigante cujo pastel tivesse sido apenas beliscado era o ganhador da causa.
Os lusitanos liam através da adivinhação, observando a água, as árvores e os animais.

O druida era um Xamã, sacerdote, poeta, filósofo, médico, juiz e profeta. A sua educação incluía várias etapas. Desse modo, os estudos de um bardo irlandês,o “fili”(aprendiz) constavam de versos, composição e recitação de histórias e gramática. O Ogham (ciência das árvores- idioma secreto), filosofia e leis. Os sete anos seguintes eram dedicados a estudos mais especializados e incluíam a linguagem secreta dos poetas e o “fili” se transforma em “ollamh” (mestre inicial). Podia então, receber instrução em genealogia, direcção de fim, “o homem instruído”estava preparado para estudar encantamentos, adivinhações e magia.
“Todos os druidas eram bardos, mas nem todos os bardos podiam aspirar a ser druidas.”
Ao descrever o clero da Gália, César divide-o em três grupos: “os Vates praticavam a adivinhação e estudavam filosofia natural. Os Bardos relatavam em verso as grandes façanhas das suas deusas. Os Druidas ocupavam-se da adoração divina, da correcta celebração dos sacrifícios, pública e individual e da interpretação de questões rituais.”O seu poder parecia absoluto, pois segundo suas observações, o maior castigo que se podia impor a uma pessoa ou família era a exclusão do ritual dos sacrifícios.




DEUSES E HERÓIS



A idéia de que guardiães protegiam e defendiam o Planeta Terra, com certeza veio do pensamento celta, pois fica explícita nas toponímias que procedem do Deus do Sol, LUGH. O seu nome significa lux (luz) e lucus (arvoredo) existe na Galiza uma cidade com este topónimo, Lugo. Na França é conhecido como Laon, e Lyon, na Holanda como Leiden e na Grã-Bretanha como Carlisle. Lusitânia, antiga província da Península Ibérica, administrada pelos romanos no século III a. C., adaptou este nome LUGH-lux-luz+local-sitio-terra=Lusitânia. Porque os povos tinham como Deus Lugh a sua divindade.
Outras divindades como Bel, Don, Og, Ategina e Trebola reportam-nos aos poderes sobrenaturais personificados e disseminados pelas antigas tribos celtas. Porém, Lugh representa um símbolo essencial entre todos os festivais, lendas e histórias Ibéricas.
Os celtas eram um povo muito extrovertido, encarnavam seus deuses como Tuatha Dé Danann (Deus guerreiro vencedor da eterna batalha com as trevas). Lugh do Longo Braço tinha uma lança mágica que disparava fogo e rugia na batalha Moytura, enquanto libertava o Rei Nuada e os Tuatha Dé Danann das mãos dos Fomori, os demônios da noite que só tinham um olho.
Personagens:





  • GOIBNIU, o ferreiro, construía qualquer tipo de arma;



  • DIANCECHT, o médico que construiu um braço de prata para o rei Nuanda e curava os feridos;



  • CREDNE, o soldador, que fabricava as pontas das lanças, espadas e os rebites dos escudos;



  • DAGNA, com sua clava, seu caldeirão da abundância, alimentava o exército dos guerreiros e tocava sua harpa em três sons: o do sonho, o do alívio e o do riso;



  • ENDOVELICO, deus que faz o contacto entre o mundo e o submundo, alimenta os vivos e os seus familiares já falecidos;



  • ATÉGINA ou Ateagina era a deusa do renascimento (Primavera), fertilidade, natureza e cura na mitologia lusitana. Viam-na como a deusa lusitana da lua. O nome Ateagina é originário do celta Ate+Gena, que significa “renascimento”. O animal consagrado a Atégina era o bode ou a cabra. Ela tinha um culto de devotio, em que alguém invocava a deusa para curar alguém, ou até mesmo para lançar uma maldição que poderia ir de pequenas pragas à morte. Atégina era venerada na Lusitânia e na Bélgica, existem santuários dedicados a esta deusa em Elvas (Portugal), e Mérida e Cáceres na Extremadura espanhola, além de outros locais, especialmente perto do rio Guadiana. Ela era também uma das principais deusas veneradas em locais como Myrtilis (Mértola dos dias de hoje), Pax Julia (Beja), ambas cidades em Portugal, e especialmente venerada na cidade de Turobriga, cuja localização é desconhecida. A região era conhecida como a Baeturia celta. Existem diversas inscrições que relacionam esta deusa com Proserpina: ATAEGINA TURIBRIGENSIS PROSERPINA, esta relação aconteceu durante o período romano. Muitas vezes é representada com um ramo de cipreste, (Árvore conífera de folha persistente, beleza severa, símbolo da morte ou da dor);



  • TREBOLA, guardiã dos animais, personifica vários animais.
    Na batalha, Lugh consegue cegar o único olho do malvado rei dos Fomori com uma funda. A pedra, depois de ter-lhe atravessado a cabeça, mata muitos Fomori. O resto dos piratas foge em seus barcos e, a partir de então, essas criaturas “de um olho só, um braço só e uma perna só deixam de ser uma ameaça.




Nas sociedades Celtas, os druidas desempenharam um papel primordial. Aconselhando Reis, ensinando as ciências, dominando a medicina e a astronomia. E é também o sacerdote, o Juiz e a memória do povo, representado de túnica branca, de foice de ouro na mão, cortando o visco, mas não deixou nenhum texto escrito para testemunhar a sua sabedoria e os seus conhecimentos.
Sem dúvidas, os druidas eram uma comunidade de sábios e deixaram poucos vestígios materiais da sua existência. Para reconstruir a sua história e encontrar a sua mensagem, apenas dispomos, infelizmente, dos testemunhos de autores ao serviço do império romano e de histórias compiladas pelos monges Irlandeses, Bretões e Gauleses da Idade Média; documentos tantas vezes suspeitos, mas inúmeros e vindos de horizontes diferentes, permitem-nos verificações, e por vezes, algumas das suas informações são confirmadas pelas descobertas arqueológicas. Deste modo, os historiadores, os linguistas, os arqueólogos, reconstituem a pouco e pouco a sua herança perdida.
A sabedoria destes, soube tornar os Celtas despreocupados, livres e alegres. O seu destino pessoal nas batalhas deixava-os indiferentes. Nada se perfilava no horizonte da sua passagem pela Terra. Uma outra vida feliz, sem inferno nem purgatório, os esperava no Outro Mundo.
Sabe-se pelos relatos dos Celtas insulares que este Outro Mundo, espécie de universo paralelo, “o Sid”, podia simbolicamente situar-se numa ilha do oceano, no extremo ocidental; ali, onde desaparece o Sol ao anoitecer, estava a Ilha; ou ainda ser imaginada no norte do mundo como a ilha de Avalon.
Todos os anos, no dia1 de Novembro, a festa dos Finados, que marcava o início do ano celta. O tempo e o espaço deixavam de existir e os dois Mundos comunicavam-se entre si. As elevações neolíticas, as áreas cobertas, os túmulos, os dólmens, com corredores, serviam de ponto de contato privilegiados com o mundo dos desaparecidos: prova de que os Celtas e os Druidas não tinham a menor dúvida sobre a antiguidade e a função funerária destes monumentos.





A morte das Florestas
“Homens sábios, do Bosque, da Árvore, do Carvalho, sem dúvida foram os Druidas. Todos os testemunhos concordam neste aspecto: poetas, geógrafos, historiadores associaram os Druidas às florestas.
Por este motivo a conquista da Lusitânia se tornou numa guerra contra as pessoas e as árvores; e o Imperador César “foi o primeiro a ousar pegar num machado, brandi-lo e rachar com ferro fundido um Carvalho perdido no bosque”, árvore milenar e altiva foi cortada.
A desarborização intensiva da Lusitânia pelos romanos contribuiu tão eficazmente para o desaparecimento dos Druidas e Celtas. E assim, acabou a civilização dos Lusitanos e se esqueceu do seu passado.
Quando S. Mateus, em meados do século III, veio especialmente a Viseu com o intuito de cristianizar definitivamente o lugar Lusitano sagrado, começou por mandar abater com machado e alvião todas as árvores que cobriam a célebre colina de Viseu.
Lutar contra as árvores era ainda nesta época uma forma de combater o Druidismo e a Cultura Celta.
Nas clareiras, no coração das profundas florestas, protegidas pela penumbra das criptas vegetais, os Druidas transmitiam pacientemente aos seus discípulos a sua sabedoria memorial: estes afirmavam conhecer a grandeza e a forma da Terra e do mundo, os movimentos do Céu e dos astros, bem como a vontade dos Deuses. E durante muito tempo, seja numa gruta, seja nos pequenos vales arborizados afastados, ensinavam ao seu povo uma doutrina secreta.
Na sua célebre descrição da apanha do visco pelos Druidas, Plínio, o Velho afirma que a cerimónia se realizava ao sexto dia da Lua, “que assinala entre eles o começo dos meses, dos anos e dos séculos que duraram 30 anos”. Os Brâmanes chamavam ao sexto dia da Lua Mahatithi, o Grande Dia.
Os Druidas, seus homólogos, consideravam este mesmo dia como particularmente sagrado e dotado de uma força considerável. A revolução sideral da Lua é de 27 dias, 7h e 43 minutos. É o tempo que o astro leva a voltar a uma mesma posição no céu em relação às estrelas.
Um século de 30 anos dos Druidas contém 401 meses de revolução sideral. É por isso que, por exemplo, nos romances da Távola Redonda, inspirados na tradição Celta, os Cavaleiros Guardiães do Graal são 400, número a que se vem juntar a figura do Rei.
A Lua e o planeta Saturno têm um parentesco curioso: no dia, a Lua decorre sobre a elíptica a mesma distância que Saturno no ano. Sem nos perdermos em pormenores, digamos que 30 dias da Lua equivalem a 30 anos de Saturno.
De acordo com um texto de Plutarco, de facie in orbe lunae, foi possível deduzir que o século de 30 anos dos Druidas começava quando o planeta Saturno, Nyctouros, entrava no ciclo do touro, ou seja, quando todos os 30 anos, nesta época, Saturno e a Lua no seu sexto dia se viam em conjunção com a pequena constelação das Plêiades, a noite da festa de Samhain (finados).




Mas se os séculos de 30 anos eram calculados em função do ciclo de Saturno e da revolução sideral da Lua, o calendário de todos os dias, como o encontrado em Coligny, em contrapartida, baseava-se na revolução sinódica, quer dizer, nos intervalos de tempo que separa duas fases idênticas do astro, ou seja, 29 dias 12h0 e 44minutos.
Um período de 5 anos chamava-se LUSTRE. Um ciclo druídico completo tinha 6 LUSTRES ou 30 anos. Uma era druídica tinha 630 anos ou 126 lustres.
A diferença entre revolução sideral e a revolução sinódica deve-se ao movimento da Terra. Existem 50 meses de revolução sinódica da Lua em quatro anos, e 150 em 12 anos. O número 50 e 150 (ou três vezes 50) surgem constantemente nas narrativas da cultura Celta, em particular na Tradição Irlandesa.
Com os romances da Távola Redonda, é a corte do Rei Artur que recorda este sistema; com efeito, segundo os poetas, os cavaleiros reúnem-se aí quer em número 12 quer de 50 ou ainda de 150. Assim, a corte do mundo sensível do Rei Artur opõe-se ao reino espiritual do Graal.
Plutarco, no texto já citado, conta que os habitantes das ilhas dispersas em redor da Grã-Bretanha, afirmam que Saturno é mantido prisioneiro pelo seu filho Júpiter na ilha nórdica de Ogígia. O planeta Júpiter percorre a elíptica em 12 anos, ou seja, 150 meses de revolução sinódica da Lua. A história Celta referida por Plutarco desvenda talvez apenas uma oposição entre dois modos de contar tempo.
Os Druidas não ensinaram uma religião, mas uma metafísica da Natureza. A sua Confraria reuniu a aristocracia do saber e da filosofia. Guias espirituais eram também cientistas, físicos, astrónomos…
Um dos factos mais interessantes na cultura celta era a afinidade com a natureza, os celtas realizavam a contagem dos dias através do nascer e do por do sol. Levando-os a contarem as noites e não os dias, criando assim uma ligação perfeita entre o céu e a terra, entre o sol e a lua.
Assim o dia começa quando o sol se põe; ao contrário do que “vivenciamos” atualmente. O dia se inicia com a Lua, com a Deusa mostrando que é hora de trabalhar o mistério, o oculto, o morrer.
Ao amanhecer, o Deus vem fecundar e nutrir a Deusa, para que mais um dia possa ser gerado. Aceitar, entender esta prática sem fazer qualquer ligação com feitiçarias, para alguns é muito difícil, mas, para os Sacerdotes dos Celtas – Os Druidas – e para a cultura celta em geral, estes ensinamentos são de imensa profundidade. Os druidas deram a cada um dos meses do ano o nome de uma das suas árvores sagradas; assim como fizeram com o alfabeto ogham. Cada letra deste alfabeto era representada por uma árvore, que, por sua vez, representava um período do ano. A este período demos o nome de mês; isto para fazermos um paralelo entre as duas culturas. A doutrina
As religiões primitivaslouvavam as pedras, as montanhas, os campos, as florestas, os rios e os oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deusese o dos homens, entrelaçado com a veneração que osCeltas tinham pelas árvores. Como uma representaçãodo universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimentoprofundo da Terra.
E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimentoà luz. A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimentoe, em retorno o homem respeitava-a.






Retirado dos mistérios antigos







O Horóscopo Celta Lunar não foi desenvolvido baseado nosmovimentos da lua (como alguns devem estar imaginando), mas sim nos períodosdo ano em que suas árvores sagradas tinham uma maior predominância de suas características e propriedades. Desta forma, veja através das linhas que se seguem, qual árvore rege o período do ano que você nasceu.





Mencionamos anteriormente a constante do número três na cultura celta. Sabemos que eles tinham a noção do ser vivo ser tripartido em corpo, mente e espírito. Também tripartido era o universo, onde identificamos três mundos: o mundo superior (morada dos deuses indomáveis, as grandes forças da Natureza), o mundo médio (nossa morada) e o mundo inferior (morada dos ancestrais e espíritos da Natureza). Inferior aqui significa apenas “o que está abaixo”, sem nenhuma conotação negativa, uma vez que para os celtas não havia a noção de céu e inferno, de punições ou pecados. Esses três mundos estavam entrelaçados e ainda mais próximos em épocas especiais do ano (samhain ( finados) e beltane(Páscoa) dois dos festivais ligados às estações). O nosso “mundo médio”, por sua vez, também era tripartido: aqui existem os reinos do céu, da terra e da água, cada um parte de um todo.
Encontramos aí a explicação do uso constante dos triskles pelos celtas. Triskles são símbolos pré-celtas que mostram três espirais unidas por uma origem comum, ou ainda uma figura entrelaçada sem começo ou fim, com três pontas. Essas figuras mostram que os três elementos são parte de um todo e estão presentes em inúmeros monumentos em terras celtas. Monumentos esses construídos antes da chegada dos celtas , mas que certamente lhes provocou identificação.
Seus inúmeros deuses eram como tudo na Natureza (inclusive humanos): não eram apenas bons ou apenas maus, mas possuíam tanto potencial para o bem como para o mal. Não havia a dicotomia de que estamos acostumados, mas sim o equilíbrio de forças negativas com positivas. Os deuses podiam ser ao mesmo tempo benevolentes e cruéis: assim como uma chuva que cai sobre a Terra pode ser uma bênção quando os campos estão ressequidos ou então uma desgraça quando causa enchentes e destruição.

O Que é Druidismo?

"Deixemos de lado os argumentos morais, complicados e subjetivos, e passemos aos assuntos objectivos e coerentes de nossa linha lógica de pensar que tão bem nos diferem..."

Os druidas formavam um grupo selecto de pesquisadores e buscadores da Verdade que se reuniam não em bosques, em baixo de árvores, ou dentro de cavernas escuras, húmidas e frias, como querem algumas mentes pouco inteligentes e muito imaginativas.

O grande problema é que aqueles que geralmente dizem "conhecer" o ensinamento druídico não se deram ao trabalho de pesquisar a fundo as obras que foram escritas a respeito deles, na verdade, não estamos falando de um povo imaginário ou lendário, que viveu numa terra mística ou lendária, mas de um grupo real, documentado e contemporâneo aos primeiros historiadores, que os viram, tocaram e falaram com eles. Portanto, é muito mais difícil inventar,sendo muito raro encontrar obras sérias contendo as suas histórias, lendas e rituais secretos.

Os druidas se reuniam em Colégios onde desenvolviam e preservavam conhecimentos que herdaram de uma raça anterior a nossa e muito mais avançada, que possuíam o controle total do que hoje chamamos infantilmente de Energia Telúrica, e preservado pelos orientais com o nome de Feng Shui, além de compreender o poder dos elementos, e teria dito Aristóteles, mentor de Alexandre, o Grande: - "Se pudesse escolher meus exércitos; eles seriam as pedras, os ventos, o fogo os mares..." E eles dominavam claramente estas forças da natureza não por aprendizado próprio, mas por herança, e isto não é lenda. Os romanos e gregos registraram seu poder.

Caius Julius Caesar, ou Júlio César, se deu-se ao trabalho de registrar a história de sua guerra para conquistar a Gália (Portugal, Espanha, França, Holanda; norte da Itália, Romênia) e Bretanha (Inglaterra, Irlanda, Escócia), em sua obra “Comentários”, nela ele conta que após várias derrotas nas suas batalhas, percebeu que haviam druidas guerreiros, onde o termo druidesa não cabe, já que após um rito específico haveria a perda de polaridade, então seria "o druida" ou "a druida", e entre estes estrategistas havia mulheres, que oficiavam ritos, conheciam e controlavam as RUNAS, guerreavam e comandavam tribos; como é o caso de Beodica, que além de rainha, era druida, e de Morgana, que chegou ao cargo de Merlin da Bretanha, em circunstâncias especiais. Estes foram os estopins para a guerra entre o Império Romano expansionista patriarcal e a Céltica, um Império Dual, com igualdade de sexos, e que se expande através do conhecimento, da ordem e justiça social. Pois isso é dito não por fantasia ou outras formas fantásticas de informações comuns hoje em dia, mas de registros históricos públicos e testemunhados.




Quanto Tempo demora a Instruir-se um druida?

A aprendizagem demora cerca de 20 anos.
Os que aprendem passam pelo processo de Vates ( aprendiz) aprendem as artes da adivinhação e o mistério da vida. Os bardos aprendem a poesia e a história dos antepassados.
Durante o estágio final e do processo de formação os aprendizes transforma-se em Druidas. Só poucos conseguem alcançar o processo final.





O mundo tridimensional existe na cultura celta como um mundo que pode ser dividido em duas partes: o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.
Vivos
Mortos

Submundo
Mundo
Sacerdotes Estes dois mundos podem ser unidos entre si pelos sacerdotes. O primeiro é o mundo das árvores, dos animais e da luz. O segundo é o mundo das rochas, da água e do fogo.





As inscrições no Curso Superior de Druidismo - Ciências Antigas são realizadas pelos interessados no email druida_portugal@hotmail.com com a identificação do nome, idade, sexo, situação geografica.


primeira etapa do curso:



1-Observação do Mundo;
2-Estudo do mundo natural e espiritual;


3-cuidar da floresta;


4- conhecermo-nos.



O curso aborda os ensinamentos por etapas que serão abordadas nos tópicos das aulas seguintes.