sábado, 18 de julho de 2009

como encontrar a felicidade- projecto I



Como encontrar a felicidade


lírio branco da primavera




Certamente, já se perguntou o que seria uma pessoa verdadeiramente feliz. A problemática assenta num conflito pessoal, institucional e global. Muitos indivíduos tentaram recorrer a diferentes fórmulas de conseguir a tão desejada felicidade. É certo que, nem todos alcançaram o que queriam e morreram sem realizarem o desejo.
O sentimento desenvolve-se em crenças instituídas pelo grupo onde se integra o individuo. Claro que estes são moldados pelo ambiente e interacções pessoais. A isso chama-mos sociologia, ciência que estuda as reacções que surgem da interacção entre várias pessoas e o seu local.
Vivemos hoje num mundo inquietante, inundado por mudanças, marcado por conflitos, tensões sociais, bem como pelo assalto destrutivo ao meio ambiente natural promovido pela tecnologia moderna. Na obstante, temos mais possibilidades de controlar melhor os nossos destinos e dar um outro rumo ás nossas vidas.
A imaginação sociológica implica, acima de tudo, abstrairmo-nos das rotinas diárias familiares, de maneira, a poder olha-las de formas diferentes. Pode-mos começar por notar que o café não é meramente uma bebida. O ritual associado ao acto de tomar café frequentemente é muito mais importante do que o consumo de café propriamente dito. Duas pessoas que combinaram encontrarem-se para tomar café estão provavelmente mais interessadas em estarem juntas e conversar do que em beber, de facto, o café. Em todas as sociedades, na realidade, beber e comer proporcionam ocasiões para interacção social e desempenho de rituais. Pode-mos dizer que a felicidade depende de actos de relacionamentos.A felicidade dependo da auto realização e centra-se numa constante busca do prazer e satisfação. A felicidade é um acto nosso e só nós o poderemos sentir.
Realmente somos felizes: tudo à nossa volta é perfeito e belo.Repara, observa e as pequenas coisas trazem-nos tanta felicidade. Um pequeno gesto, um cheiro, uma amigo, uma flor, uma animal, uma bebida...enfim, um infindável de situações.







lírio dos rios amarelo









pensamento do dia ( escrito pelo Pedro)

"Às vezes pergunto-me se sou feliz. Ou melhor, se em determinado momento estou feliz. Sim, pois a felicidade não é um estado idílico e permanente que nos define mas define sim os nossos momentos, aquela força apaziguadora que vem de dentro e se alastra pelo nosso corpo deixando-nos uma sensação amena e de plenitude. Mas como a definição de momento – espaço temporal limitado – também a felicidade vem embalada com data de validade, que é sempre curta e temporária.

Às vezes pergunto-me se estou feliz. Há alturas da nossa vida, momentos que marcam a nossa história, o atingir de objectivos, mudanças para melhor, nesses instantes é fácil perceber a felicidade. É como soprar as velas no bolo de aniversário, nessa meia dúzia de segundos quando enchemos o peito de ar e tentamos conquistar desejos com a extinção das chamas, quando estamos rodeados de quem nos quer bem, aí de certeza que pelo menos uma ponta de felicidade nos atinge. Pelo menos para quem não tem problemas em envelhecer. Mas estes são os momentos fáceis de felicidade. E o dia a dia? Os momentos corriqueiros ou o que o presente nos reserva?

Às vezes fico sem saber se a vida que tenho hoje me faz feliz. Não é que tenha motivos para me queixar, ou melhor, ter até tenho, como toda a gente. Mas a vida é feita disso mesmo, nunca estamos suficientemente contentes com aquilo que temos e isso é o que faz de nós seres humanos, a ambição. Mas quando temos uma vida que está mais perto daquilo que queríamos para nós do que longe, deveríamos sentir satisfação. Mas quando as coisas são simples, demasiado simples, nós temos o dom de complicar, não é verdade? E pelo meio do que é simples, encontramos dúvidas e inquietações e esquecemo-nos de estar feliz com o que temos. E quando é que nos lembramos de que estivemos felizes? Muitas vezes, só depois dessa felicidade fazer parte do passado.

lírio Amarelado da serra



Às vezes acho que não queremos ser felizes. É tão mais fácil encarnar o maldito fado, aquela tristeza enraizada e sentirmos pena de nós próprios, do que olhar de frente para a vida e sorrir com o que temos. Não é ao acaso que a palavra saudade só existe na nossa língua, sem traduções literais para outros povos. Esta é a forma de que nós, portugueses, encontrámos para viver o presente envergando um estandarte chamado saudade, saudade essa que nos relembra uma felicidade que faz parte do passado. Mas nesse passado, nesse tempo, a felicidade de então agora chamada saudade não era mais do que uma mão cheia de interrogações, dúvidas e o passar normal do tempo.
Às vezes tenho quase a certeza de que para ser feliz é urgente saber qual a saudade que nos espera num futuro próximo, para agora ter a consciência de que o que vivemos é um momento feliz.

Às vezes pergunto-me... E os outros, estão felizes agora?"

lírio lilás do campo

2 comentários:

  1. "Se eu pudesse trincar a terra toda
    E sentir-lhe um paladar,
    Seria mais feliz um momento...
    Mas eu nem sempre quero ser feliz.
    É preciso ser de vez em quando infeliz
    Para se poder ser natural... "

    Adorei este post, identifico-me bastante com ele, obrigada!

    Paz

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  2. A felicidade é tão inconstante como o vento que sopra num dia de Verão na costa. Tanto estamos felizes num momento como no outro a seguir somos invadidos por uma profunda tristeza. O que causa esta inconstância? talvez o facto de projetarmos falsas realidades no outro, em nós mesmos ou nas situações. No presente, que é o tempo em que temos a certeza da realidade, imaginamos o futuro, esquecendo de viver o imediato. O imediato passou e a imaginação falhou a sua projeção, passando assim de um estado de alegria para um estado de tristeza.
    Nestes estados inconstantes em que vivo, encontra na Grande Mãe a verdadeira felicidade. Busco-a para partilhar as minhas alegrias e para que Ela me conforte nas minhas trstezas. O Vento acaricia a minha face, o Sol aquece o meu coração e a beleza da Sua criação enxuga as minhas lágrimas, renovando-me para mais uma pequena batalha.

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